Ela era uma esposa exemplar. Não tinha filhos importantes. Não fazia questão de tê-los
Preferia que seus filhos fossem simples, humildes e que estivessem dispostos a ensinar essa simplicidade e humildade a todas as pessoas.
Um dia, caminhando descuidadamente, foi atacada por estupradores, que se utilizaram de grande maldade e crueldade.
Estuprada, ferida, machucada, em um primeiro momento ela reclamou contra o que fizeram com ela. Dizia que aquilo não era o certo e que tudo tinha que voltar ao normal. Mas, em um momento seguinte, percebeu o que acontecia: ninguém lhe dava ouvidos, ninguém questionava, todos aceitavam naturalmente.
O pior então aconteceu. Ela se viu grávida de seus estupradores. Com medo do que poderia nascer, ainda tentou abortá-lo, mas sem força para continuar com o ato, deixou o filho nascer.
Seu filho foi a vergonha de sua vida, pois continuou fazendo o mal para as outras pessoas.
Hoje, seu filho diz que nada tem, mas não aceita andar como o esposo de sua mãe andava: de Jegue.
A esposa exemplar é a igreja.
O esposo é Jesus.
Os filhos sem importância são os servos de Jesus.
A caminhada descuidada é o momento em que a esposa não olha para as palavras do esposo e se deixa levar por qualquer vento de doutrina.
Os estupradores são os que pregam um outro evangelho, o anátema.
A maldade e crueldade é a teologia da prosperidade.
O filho que não anda de jegue?
Como são muitos, eu deixou você escolher um nome para ele.
Por favor, só não o chamem de jegue. O pobre animal não merece esse mau trato.
2 comentários
Estupendo!
Obrigado Mara. As vezes eu gostaria de não ter que escrever sobre isso.