Tudo em comum: Uma realidade (im)possível(?) – Experiencias da minha viagem imaginária a França

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum”. Atos 2.44

    Após “visitar a França”, fiquei chocado com algumas coisas que vi por lá. Fiquei pensando no comportamento da chamada igreja de cristo no Brasil. Quem já acompanhou alguns artigos meus, entenderá os motivos pelos quais a expressão “igreja de cristo” está em minúsculo.

    Lá na França, as igrejas são bem diferentes das igrejas daqui do nosso Brasil. Entrei numa igreja, onde se vivia realmente o amor de Cristo em toda sua plenitude.

    Em várias igrejas, os  os membros decidiram que além de sustentar missionários no campo de missões, fariam várias outras atividades que demonstrariam seu comprometimento com a causa de Jesus.

    Por conta dessa decisão, todas as coisas passaram a ser em comum. Nas Igrejas de lá, não há pessoas necessitadas,  pois a prioridade é sempre socorrer os necessitados. As Igrejas de lá não são muito bonitas, não tem bons pisos, as fachadas são feias. Os lugares não são confortáveis. Eles optaram por fazer do lugar onde se reune a Igreja, um lugar menos importante que a própria Igreja. A Igreja é composta de pessoas com bastante dinheiro, mas também há pessoas bem pobres lá. Mas todos são tratados da mesma forma, não havendo nem sinal de qualquer tipo de preconceito, social ou cultural.

    Uma das igrejas de lá precisava votar um orçamento e como já tinham tudo que precisavam,  começaram a pensar em coisas que podiam ser feitas.  Pensou-se em muitas coisas até que se chegou a duas principais. Reformar o templo que já estava bem feio ou comprar uma van que pudesse transportar idosos,  enfermos e outras pessoas que precisasem, para o templo ou para qualquer outro lugar que fosse preciso.

    Foi impressionante como decidiram! A igreja foi unanime  em decidir a favor dos necessitados sem se preocupar com uma simples remodelada no templo. Uma linda van foi comprada e todos os que precisam dela podem com ela contar.

    Em outra igreja,  um dos pastores abriu mão de seu sustento para que esse valor fosse revertido para o bem comum. Ele entende que enquanto houver necessitados na igreja, não é justo que ele receba. Achei isso o máximo. Confesso que no Brasi, quase nunca vi isso acontecer. Não acho que seja errado que um pastor seja sustentado pela igreja, mas o que vemos aqui no nosso país e no mímino vergonhoso. Alguns pastores, infelizmente abriram mão de serem servos para serem servidos. Estes, a bílbia já nos ensina que terão sua glória por aqui mesmo. A gloria do metal e do efemero.

    Esse pastor do qual falei a pouco, não se sente um grande teólogo e não se acha um grande orador, mas ele tem a percepção e a visão que Deus precisa para que o Reino seja estabelecido.

    Agora que voltei para a realidade em que vivo, fico pensando, quando será que teremos igrejas aqui como as que “eu visitei” na “França”?

    A resposta que consigo encontrar é que essa igreja existe, não reunida em um lugar só, mas é uma igreja sem fronteiras, sem paredes, com o único sentimento de promover o Reino de Deus e espalhar a salvação a quem dela precisar. Acredito que essa igreja levará seus membros para um  lugar  onde o ser é mais importante que o ter.

    Nele, que estabeleceu igrejas, cujos membros se amam, se ajudam e compartilham a nova vida Nele, de modo que o mais importante é caminhar juntos para um melhor lugar.

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