O profeta falou de sua existência futura. Não podia determinar exato lugar, tempo, espaço, mas sabia que ele existiria um dia.
Sua existência faria com que a esperança se ascendesse novamente. Onde quer que existisse uma bandeira, ela estaria tremulando ao sabor do vendo das mudanças que ele traria.
Sua luz, como um farol, iluminaria os lugares sombrios, trazendo esperança.
Sua vinda repentina ao mundo, quando ninguém esperava, seria em uma terra de onde ninguém esperava, pois de lá de sua terra, nenhuma coisa boa podia vir.
Mas sua existência seria tão marcante, que demoliria todas as certeza geradoras de opressão, certeza vã, sem valor, sem sentido.
Diante do que seu próprio povo chamava de certeza, ele afirmaria que aquela certeza vã, certeza-templo, que com certeza já não cumpria seu papel, cairia e não sobraria pedra sobre pedra.
Enquanto isso, seus amigos mais próximos, insistiriam no desejo de não deixar se extinguir o que aprenderiam com ele, desafiaram a noção de que viviam no inferno, para aceitar a mensagem de que o Reino de Deus estava entre eles, e que, dessa forma, não era possível se crer na velha noção de que o inferno era exatamente onde ele viviam.
O profeta diz que ele existiria para que toda a raça humana possa experimentar nele a cura.
O profeta-poeta, para sua caminhada, pega papiro e pena, e escreve sua profecia, que era mais ou menos assim
Existirá
Em todo porto tremulará
A velha bandeira da vida
Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança
E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra
Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui
Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal, a cura.
Clique aqui para ouvir a música
Comentários