Com a morte do pastor batista que cometeu suicídio, começam os comentários idiotas na rede.
De todos, o mais idiota é ficar se perguntando se ele vai para o céu ou para o inferno.
Precisamos evoluir nesta compreensão e entender que muitos pastores não precisarão cometer suicidio para irem para o inferno. Eles já estão no inferno, quando são vistos por nós como um super-homem, que não pode em momento algum falhar.
Vivem o inferno do ativismo, pois se não fizeram tantas coisas, serão vistos como pessoas que usufruem das benesses das congregações sem a contrapartida do trabalho.
Vivem o inferno de ter que ser solução de problemas para toda a membresia, pois esta é criança demais para resolver seus próprios problemas. Criancice fruto de uma vida sem uma profunda experiência pessoal com Deus.
Vivem o inferno de ter que se decidir por determinado ponto de conversão, se são a favor disso ou aquilo, se são contra a este grupo ou a favor daquele. Se não se decidem, são visto como condencendentes com aquilo em que a membresia acha que é errado. Nunca são visto como partidários daquilo que a membresia acha que é certo. Esquece a membresia de que Jesus nunca foi partidário de ninguém, mas foi humano para todos os humanos.
Vivem o inferno de ter que ter o plano certo para hora certa, para o povo certo e se não tiver, vivem o inferno de ser acusado de não ter plano algum, sendo dessa forma vazio.
Vivem o inferno de ter que ver a igreja como primeiro plano em tudo, quando o primeiro plano de tudo deveria ser a sua relação com Deus, sua relação com sua mulher e filhos, sua relação como ser humano em geral e somente depois disso sua relação com a igreja.
Não conheci o pastor que cometeu suicidio, mas provavelmente ele não foi para o inferno por ter cometido suicídio. Ele ja estava em um desses ou de tantos outros que nós como igreja institucionalizada inventamos todos os dias.
Pastores são humanos, tanto quanto todos os humanos. Tanto quanto Jesus foi humano a ponto de viver o inferno do Gtsemani.
Os que estão enviando o pastor-suicida para o inferno acreditam em um cristo que nunca foi humano, nunca foi experimentado em dores e nunca foi senhor de nada.
Eu prefiro acreditar em um Cristo humano, que sabia o que era a dor, inclusive a dor dos pastores que são “infernalizados” por suas membresias e que além de ser Senhor do sábado, até do inferno é Senhor.
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