Uma empresa conhecida no mercado de perfume e cosméticos lançou uma propaganda que deu e vai continuar dando o que falar. Logo em seguida, houve uma revoada gospel de posicionamentos contrários e inclusive um líder religioso gospel conclamando um boicote aos produtos da referida empresa. Quem já segue meus textos há um tempinho, sabe que quando utilizo a expressão “gospel” não é uma alusão ao termo em inglês que significa evangelho. Como “gospel” é uma marca registrada, utilizo o termo para falar de um evangelho de marca, vendido e que se vende. Evangélico pra mim é aquele que está comprometido com o evangelho e não com o mercado de pessoas.
No meu chat do facebook choveu comentários dos mais variados e muitos pediram para que eu falasse algo a respeito, e aqui vai minha opinião.
Em primeiro lugar, este líder religioso gospel deveria manter seu gospelmercantilismo e raciocinar melhor. Será que ele não percebe que parte da roupa que veste, da comida que come, do combustível que abastece seu carro, das contas pagas, são oriundas de irmãs piedosas que para garantir uma renda melhor vendem esses produtos de porta em porta? Como elas contribuirão, se tal boicote der certo? É Certo que se as entradas diminuírem, tal líder religioso conclamará seus fiéis a fazerem prova com deus (minúsculo mesmo. Não creio num Deus góspel). E nessa prova deverão vender o que tem, pegar emprestado, fazer o que for possível para continuar contribuindo.
Pensando no tal boicote, como sou de família tradicional quero propor outros boicotes:
- Não comprar nos super-mercados. Ir no aniversário do Guanabara? Nunca. É certo que há homossexuais comprando por lá.
- Não abastecer nossos veículos até que se inventem um motor movido a água, pois também é certo que nos postos da cidade há também participação de homossexuais. Vamos esperar o motor movido a ar, pois nem o movido a água servirá. Vai que tem algum homossexual na CIA de bastecimento?
- Não ir aos hospitais quando estiver doente. Pode ser que lá tenha um médico, enfermeiro, radiologista ou qualquer outro profissional que seja homossexual.
- Não ter conta em banco, pelos mesmos motivos
- Para encurtar a lista, não viver, pois há homossexuais no mundo.
Idiota? Eu? Pois é, se eu realmente fosse alguém que tivesse um cérebro retrogrado a ponto de propor insanidades como essas, idiota seria o nome mais light que eu deveria receber.
Em tempo: minha esposa vende Boticário, além de Jequiti, Avon, Natura, de Millus. Por favor, não a boicotem. Ela é uma evangélica que se preocupa com o Evangelho e não com o góspelismo barato.
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